Inclusão nos Parques Infantis: Garantir o Direito Universal de Brincar

Brincar é um direito fundamental

Desde 1959, as Nações Unidas reconhecem o direito universal de brincar. Para todas as crianças — com ou sem deficiência — a brincadeira é essencial ao desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e social. Além disso, quando crianças diferentes brincam juntas, criam-se relações naturais de empatia, respeito e inclusão.

Porque a inclusão nos espaços de jogo e recreio importa

Um parque inclusivo não é apenas acessível: é um espaço onde todas as crianças se sentem bem-vindas e conseguem participar. Além de promover desenvolvimento integral, estimula a convivência, reduz estigmas e fortalece a coesão social. Estes parques tornam-se também pontos de encontro para famílias, valorizando a comunidade e o espaço público.

Princípios de um parque infantil inclusivo

 1. Acessível para todos – A acessibilidade não se limita à entrada no espaço, mas à possibilidade real de participar nas atividades. Deve existir circulação contínua, pavimentos adequados, rampas confortáveis e acesso real às atividades.

2. Participação conjunta – Um parque inclusivo não separa crianças com deficiência das restantes: integra-as, com equipamentos que permitem brincar lado a lado, sem zonas segregadas.

3. Variedade de experiências – Um parque inclusivo completo combina atividades que estimulam o movimento, o equilíbrio, a imaginação, a cooperação, a comunicação e os sentidos, com atividades motoras, sensoriais, imaginativas e cooperativas, adequadas a diferentes perfis.

4. Autonomia e segurança – O espaço deve promover autonomia, com percursos intuitivos, equipamentos de fácil uso e zonas de descanso e supervisão.

5. Conforto e bem-estar – Deve garantir a boa gestão de luz, sombra, ruído e orientação no espaço.

6. Desafio ajustado – Todos devem poder experimentar desafios adequados ao seu nível de desenvolvimento, com oportunidades de descoberta e superação para todos os níveis.

7. Flexibilidade – Aceitar e prever que as crianças brincam de formas diferentes. Devem existir equipamentos multifuncionais e áreas abertas que permitam brincar de várias formas.

Estes princípios traduzem uma visão de inclusão que reconhece que não são as pessoas que são “incapacitadas”, mas sim os ambientes que, quando mal concebidos, restringem a participação. Quando o espaço é pensado para todos, o ato de brincar volta a ser uma experiência verdadeiramente universal.

Para recomendações práticas, consulte as guidelines do nosso parceiro Kompan: How to design inclusive and accessible playgrounds.

A nossa equipa dá o apoio técnico especializado, para projectar e construir espaços verdadeiramente inclusivos e diferenciadores.

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